quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Sonhos Intervalados

Observo-te ao longe sentado à mesa e rodeado de amigos e conhecidos nossos. Um olhar, todo entendimento. Um piscar, outro cenário. Burburinhos, silêncio. Pânico, apatia. Imprevisto. A noção de que algo está diferente. O perceber que não era para estar ali. A voz suprema, bem distante, questiona. Os coadjuvantes, antes principais, quebram o vínculo; apenas passeiam. Olhos estarrecidos encontram o profundo oceano negro. Paz. Por alguns segundos. Ironia. Sorriso sarcástico. Olhos que ameaçam afogar-me em uma mistura de conforto e deboche: talvez seja melhor assim. Um encontro silencioso de décadas em segundos. Dúvidas. Medo. Certeza.  O indestrutível resumido a escombros. Escuridão. O sol irrompendo da janela. Os olhos ardem. Uma lágrima. Uma revolta.  Apareça! Vamos! Não se esconda no meu refúgio! Saia daí! Nada. Apenas um quarto vazio. Somente dois corações despedaçados. Duas almas em busca uma da outra. Talvez à noite tenhamos um encontro melhor... Provavelmente não. Fecharei os olhos novamente. Nos encontramos lá, em nosso paraíso dos sonhos. 



P.S.: O mais confuso dos sentimentos se revela aos poucos, em intervalos de sonhos.
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Um comentário:

Isolda disse...

"O mais confuso dos sentimentos se revela aos poucos, em intervalos de sonhos." Mais uma grande verdade que tu me fez o favor de verbalizar. O vazio de ter o sonho puxado de si é incomparável.


Continuo achando que tu deveria se forçar um pouco e escrever um livro. Crie vergonha na cara e faça isso! u_u

Bjo! Te amo! <3