quinta-feira, 17 de abril de 2008

Longas Horas de Solidão...

Em cada cômodo daquela casa falta algo... A cada passo dado um nó se forma na garganta e as lembranças daquela pessoa surgem e aumenta a angústia e a saudade...
Tão estranho chegar e não ouvir aquela voz com uma saudação simples e sincera, que até soa engraçada aos ouvidos dos desavisados e dos que vivem friamente, aquele singelo "ahou", que era desferido da cadeira localizada no cantinho da varanda.
Tudo ganhou um ar monótono e saudosista; nada de piadinhas com a aparência da conjuge ou a célebre frase usada para todos os momentos: "Ê, Catarina!" (não, esse não era o nome de sua amada; talvez tenha sido tirado daquela novela onde Adriana Esteves interpretou tão bem o papel, quem sabe? A resposta nunca será descoberta, apenas teorias surgirão).
As duas horas passadas ali pareceram 24, nenhum canto era confortável, nem o café exageradamente adoçado após coado serviu para nada...
Olhar para trás e não ver aquela figura simpática abanando a mão na despedida só piora a situação e trás um aperto tão imenso!
Agora a única coisa que sobrou foi a lembrança de momentos felizes, que poderiam nunca ter acabado...
A única certeza: um dia hei de ouvir novamente o "ahouu" e matar essa saudade por toda a eternidade.

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