quinta-feira, 15 de maio de 2008

Medo Primordial...

Verme da terra, ser minúsculo que um dia devorará minha carne, olhando para ti percebo a insignificância de minha vida! Tudo que sonhei, idealizei e construi será abocanhado por ti e teus familiares. O que mais abala essa mente é saber que não há escapatória para tamanho infortúnio.
Natureza vã e cruel, cria seus filhos para um propósito desconhecido e faz com que idealizem e lutem por algo que, provavelmente, só conseguirão nos momentos que antecedem a morte e a podridão. Tudo será destruído e devorado por vermes oportunistas que nem ao menos sonharam com algo, apenas fazem o que é necessário: comem para que não passem fome e procriam por um instinto que nem eles sabem que existe. Antes fossemos assim tão inocentes que não nos preocupássemos em ver tudo arruinado e esquecido. Maldita capacidade de pensar e questionar as coisas da vida! Apenas olhar para um ser tão insignificante e asqueroso me abre a mente para o pior dos pensamentos e o pior dos medos humanos. Medo que outrora atormentou minhas noites e até mesmo meus dias, mas que agora não passa de conformidade perante aquilo que acredito!
Chega! Não perderei mais tempo com essas bobagens!
Olhando a sola de meu sapato estou conformado e tranqüilo, esse indivíduo nojento, em particular, não será mais o responsável pela tragédia aqui descrita!

P.S: Não devemos ignorar o fato de que temos medo do desconhecido e que devemos pensar nele, mas não podemos deixar que esse medo nos impeça de viver! *poético, não?*

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